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HCFM realiza a primeira ECMO

No último dia 15 de julho de 2021 o Hospital Carlos Fernando Malzoni sediou um procedimento de alta complexidade que poderá vir a ser implementado no tratamento contra a COVID-19 em Matão.
Trata-se da ECMO, sigla em inglês para Oxigenação por Membrana Extracorpórea. A primeira ECMO foi realizada no Hospital de Matão graças aos cirurgiões cardíacos especialistas nesse procedimento, os doutores Gustavo Calado de Aguiar Ribeiro e Eduardo Toshimitsu Watanuki, ambos da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, com o apoio do biólogo Júlio César Francisco da Smart Perfusion Brasil.
De acordo com o médico Coordenador da UTI adulto do Hospital Carlos Fernando Malzoni, Dr. Flávio Borsetti, “a ECMO consiste numa técnica de oxigenação do sangue fora do corpo, e da remoção do gás carbônico de maneira concomitante. Depois do sangue ser aspirado por uma bomba, esse sangue passa por uma membrana, onde o oxigênio é adicionado e o gás carbônico removido, e em seguida, retorna ao paciente”, explica.
Essa técnica de suporte de vida extracorporal é utilizada em doentes com falência cardiovascular ou pulmonar, e por envolver alto risco, é recomendada somente para pacientes em estado grave, e que atendam a determinadas condições. Quando a ventilação mecânica já não consegue atender à demanda de oxigênio que o paciente necessita, a ECMO pode ser uma alternativa recomendável.
A Oxigenação por Membrana Extracorpórea promove o equilíbrio da circulação sanguínea, e permite que pulmão e coração do paciente possam se recuperar.
Embora essa técnica exista há mais de 40 anos, os riscos que envolvem o procedimento ainda são expressivos: hemorragia, infecção, embolia, AVC.
Recentemente a ECMO começou a ser utilizada em pacientes graves de COVID-19 em vários países, apresentando resultados satisfatórios.
A ECMO se popularizou no Brasil em abril deste ano, quando o humorista Paulo Gustavo recebeu esse tratamento.
Esse procedimento ainda é bastante dispendioso, não tem cobertura pelo SUS, nem consta no rol de procedimentos da ANS, ou seja, também não é coberto pelos planos de saúde.
Com todos os desafios, trata-se de mais um avanço da medicina que pode salvar muitas vidas, e num futuro próximo poderá se tornar viável à população.

Este foi o primeiro passo para que a ECMO possa vir a ser implementada no Hospital de Matão. Para o Dr. Flávio Borsetti “as portas estão abertas para que em breve esse sonho se torne realidade. É um caminho sem volta”, afirma, referindo-se aos planos do Hospital de Matão para iniciar a capacitação da equipe ainda neste ano. Borsetti explicou que a condução da ECMO no HCFM necessita certificação, especialização e treinamento de médicos, enfermeiros, e ainda requer uma equipe multidisciplinar altamente qualificada. “É um grande salto, que a gente espera dar em breve, elevando com certeza o patamar do nosso Hospital, comparado a grandes centros nacionais e do mundo inteiro”, afirma.
Um grande projeto envolve uma administração humanizada e comprometida com a saúde da população.
“Agradeço à administração do Hospital Carlos Fernando Malzoni, nas pessoas de João Marchesan, Denise Minelli e Paulo Augusto Bernardi, por permitir que novos e promissores horizontes se abram a nós. Orgulho de nosso Hospital! Orgulho de fazer parte”, conclui Flávio Borsetti.
Denise Minelli, superintendente do Hospital de Matão, disse que “o Hospital Carlos Fernando Malzoni continua se empenhando em trazer novas tecnologias para cuidar mais e melhor da saúde da população. Temos um compromisso com a excelência”.

 

(esq) Dr.Gustavo Calado de Aguiar Ribeiro e Dr. Eduardo Toshimitsu Watanuki, ambos da Pontifícia Universidade Católica de Campinas,
(esq) Dr. Flávio Borsetti acompanhando atentamente o procedimento
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